sexta-feira, 29 de maio de 2009

O FIM.

Luzes piscam
Olhos piscam
E ao piscar, ambos se arriscam
A se apagar, ou a se apegar
A iluminar, ou a eliminar
Corpos e pesares
Torturantes perante olhos e olhares
Que se cruzam
E usam o que vêem
Pra ficarem bem, ou irem alem das janelas que lhes conduzam a suas almas
Calmas e abismais
E por mais insondáveis que pareçam
Alguns descobrem seus segredos mais profundos antes que adormeçam, ou pereçam sem definir
O que vem a ser sentir agir o subversivo poemeto, ou o conto mais extenso que se faça como leito
Aos recortes trágicos e as grandes direções
Que configuram e exploram o inaudível
Até que se faça visível todo o som, ou toda a sensação
De verdades interiores que se tornam, ou já estão ocultas
Ao por de permutas belas
Que não mais se fazem belas
Quando olhares fixam-se a elas em demasia
Encerram-se então os elementos da fantasia
Em que se anuncia antes que aconteça
O que se sabe que irá acontecer
O fim.

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