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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Violência Produz Violência : Comportamento agressivo das Criancas e a sua relação com a violência domestica!

A personalidade humana é desenvolvida em um processo que tem inicio desde o primeiro momento de vida, as crianças geralmente têm seu padrão comportamental baseado em sua estrutura familiar, Maldonado & Williams (2005) ressaltando a posição de Bandura (1973) de que as crianças podem aprender modelos cognitivos e comportamentais a parti de modelos ou copias de eventos diários, incluindo-se a observação de seus pais em relações interparentais. A família tem uma importante influência na aquisição de modelos agressivos pelas crianças (Bandura, 1973; Gomde, 2003; Jaffe, Wolfe & Willians, 1990)
Pode-se destacar o comportamento de crianças agressivas como um reflexo de um estimulo externo, não só baseado em violências agressivas mais em diversos outros fatores que Maldonado & Williams (2005), classifica como violência domestica em suas diversas formas: física, sexual, psicológica e Negligencia.
Alem de ser uma base para um desenvolvimento, a família, também pode desempenha um papel totalmente inverso, “cabe ressaltar o estudo realizado por Correa e Williams (2000), sobre o impacto da violência conjugal na saúde mental das crianças, o qual confirma os dados da literatura estrangeira, indicando que foram encontrados altos índices de depressão, agressividade, isolamento e baixa auto-estima em tais crianças” ( Maldonado & Williams, 2005)

domingo, 24 de maio de 2009

Solidão Ou Solidão

Quem nunca se sentiu só? Um sentimento que remete á dor, a existência de algo introspectivo é negada, os pensamentos não são mais armazenados, parece que um buraco negro é criado dentro de nossa mente. Talvez a condição de estar só é necessária para que possamos, encontrar a resposta de perguntas sobre nossos próprios atos, ou até mesmo nos unirmos com o grande vazio do universo, como dizia o filósofo Jean-Paul Sartre, a solidão é a parte fundamental da condição humana por causa do paradoxo entre o desejo consciente do homem de encontrar um significado dentro do isolamento e do vazio do universo.
Mais porque esse sentimento é tão doloroso, se sabemos que o motivo que faz com que estejamos sós em muita das vezes é apenas temporário? Minha reflexão sobre esse fato: nós queremos nos acomodar sempre com uma situação com que um dia nos fez bem, para que com isso possamos evoluir como seres humanos, em todos os aspectos, a perda de tal evento retira todos os sonhos e motivações de vida atual, então á depender do grau de abstinência do objetivo causador da solidão esse caso pode evoluir para uma depressão.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sinto-me feliz. Não sei por onde começar. Isso é tão óbvio...


Andei pensando sobre o que poderia transpor aqui nos limites desse blog. E por isso, em busca dessa inspiração, li a Super Interessante desse mês, e uma matéria em especial me chamou a atenção. Chama-se “Solidão Impossível”. Nela, eu pude compartilhar de alguns sentimentos com o autor da matéria, coisas que eu mesmo vinha refletindo.



No início da matéria, há um resumo do texto: Graças às novas tecnologias, ninguém precisa mais ficar sozinho - o problema é conseguir ficar sozinho. Saiba como chegamos a overdose de comunicação e porque é preciso aprender a ser só”.


Ora, eu vou além: diria que a internet, assim como a televisão, nos emburrece. A tendência centralizadora no uso da mídia internética é algo que realmente precisa ser discutido. Conheço pessoas que usam a internet apenas para ver seus e-mails, usar Msn e orkut. É errado? É certo? Podemos julgar? Uma coisa podemos ponderar: a internet é muito vasta, no entanto, muitas pessoas se restringem, seja por falta de conhecimento, de interesse, ou comodismo.


Por outro lado, vejo que as mega empresas, que dominam a internet, monopolizam a maioria dos canais de informação. Tentem acessar a internet sem usar nenhum site do Google. Difícil não é? Afinal, quem não usa o Youtube? Blogger? Orkut? Todos Google.


Mais voltando ao tema central do texto, a solidão e a internet, segundo o sociólogo americano Danton Conley, da Universidade de Nova York, “...podemos estar formando uma geração incapaz de ficar sozinha, refletir, que não desenvolveu a introspecção é cada vez mais difícil desplugar e ter só uma fonte de informação na cabeça"


Essa tendência, de buscar interação social, é, segundo a matéria: “... natural, estamos apenas seguindo nossos instintos”.


E vocês, concordam, discordam?


Para maiores informações sobre esse tema, sociedade e tecnologia da informação recomendo a série, ou melhor, o anime Lain, que expõe uma sociedade onde a cyber-necessidade de estar integrado é contundente. http://www.youtube.com/watch?v=_XfJwh2cC6o


Outra dica é o já clássico filme de animação Akira. Recomendadissimo.


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Comentário do livro "O que é punk?"



O que é punk? Esse é o nome do primeiro livro do dramatrugo Antonio Bivar, lançado pela coleção primeiros passos da editora brasiliense. Coleção essa muito interessante, pra qualquer assunto. Mas não pretendo me alongar aqui a falar sobre a coleção, o intuito aqui e é criticar o livro em questão.
Antônio Bivar é com certeza um grande escritor e antes de qualquer coisa, pelo que me parece realmente viveu o movimento punk, porém cabe a mim nesse espaço falar das coisas que não concordei no livro em questão, bem como exaltar as passagens mais interessantes. Pra não me perder, irei destacar as passagens e comentá-las, pela ordem que está no livro.

A pré história do punk.

Taí.... Já começou com algo desnecessário. Tudo bem, que ele seja um alto conhecedor de culturas, história e etc. Diga-se de passagem, a comparação do Beat com o punk, é simplesmente genial, porém se dá ao trabalho de escrever 29 paginas sobre movimentos que antecederam o punk, pra mim é exagero.
Mas, o mais interessante é que ele dedica 29 páginas pra falar do que aconteceu 20 anos antes do punk, mas não se da ao trabalho de dedicar nenhum parágrafo pra falar do punk rock novairquino. Onde tudo começou realmente. A única referência que ele faz ao som de nova york é la pras tantas do meio do livro( não lembro a página, e nem vou procurar), e que ele fala em outras palavras mais ou menos assim. "Ta... tudo bem....o punk realmente nasceu em nova york com ramones, heartbrakers e etc. Mas na verdade isso era o protótipo do punk que conhecemos." Essa pra mim é a pior parte do livro. Se Mr. Bivar se preocupasse em responder a pergunta do titulo do livro, ele não faria isso. O que é punk???? São os sex pistols com a camisa da suástica ou os anarco-punks pregando o anti-nazismo?? A resposta é simples, mas também não vou falar dela agora, deixarei essa parte pro final.

O nascimento do punk

"Eis o homem", É com essa alusão a obra do filosofo alemão que é apresentado o "pai do punk, Malcolm McLaren"(????) Interessante como o autor se esquece da terra do tio sam. O Mclaren(Não o do carro) era produtor dos New York Dolls, que apesar de nunca ter sido um sucesso de bilheteria, era um enorme sucesso de crítica. E as bandas de punk rock ja começavam a existir em nova york antes da inglaterra. Ramones, Heartbrakers, Dolls, Television, foram algumas das bandas que moldaram o que seria a contracultura punk, isso sem falar nas bandas de pré punk, como The Stooges e MC5. E foi assim que o "homem" levou o que sabia de nova york para a terra da rainha.

Implosão e explosão.

Esse capitulo é sensacional, pra quem gosta da história punk, ele retrata a historia da explosão do punk(Na inglaterra é claro) . Os primeiros, fanzines, primeiros festivais, primeiras, gangues, primeiras bandas, tudo isso muito interessante. E depois a retomada do punk através do hardcore e o pós punk . Realmente merece congratulações.
Porém a confusão sobre o que é punk continua deixando seus rastros (Acho que isso deve pela fase que o bivar viveu, chegando do punk no Brasil, aquela euforia, ninguém se preocupava em distinguir o punk). Primeiramente... Os sex pistols não eram anarquistas, não no sentido proudhoniano. Como diz o próprio johnny Rotten, o que eles estavam interessados mesmo era no caos(CHAOS!!!!), o punk dessa época não tava ai pra nada, não eram políticos como disse ainda o Joãozinho podre. Isso só veio um pouco depois, alguns punks aderiram ao anarquismo. Aqui cabe uma ressalva sobre a maior equivoco do livro... PUNK NÃO É ANARQUIA!. Esse é concerteza um equivoco da maioria das pessoas, não necessariamente todo punk é anarquista. Existem punks que são comunistas, por exemplo. Isso sem contar os niilistas e todos aqueles que se consideram apolíticos.
Movimento punk em São Paulo, Brasil
Esse é o ápice do livro, o movimento punk de São Paulo (ah...) foda eu queria ta la. Sempre que ouço pânico em SP dos inocentes, ou são Paulo do 365, sempre bate aquela emoção. Mesmo eu sendo até um tanto regionalista e adorar o nordeste, não tem como não se encantar com são Paulo. É muito boa a maneira que é retratada as histórias, as primeiras gerações das bandas,assim como no documentário botinada, também muito bom.

Conclusão:
O autor, creio eu, que pra tentar tornar o processo mais simples e mais acessível a todo mundo não retratou o punk do modo que deveria. O punk não possui só uma história, só uma criação. Um criador???? Ninguém criou o punk. O punk não tem heróis. Talvez esse receio em tornar o livro acessível acabou transmitindo uma imagem deturpada do punk pra quem não conhece.
Agora vou retomar a pergunta inicial, o que é punk? A verdade é que o Punk puro e simples não existe e nem nunca existiu, pra começar o punk de nova York não era o mesmo da Inglaterra das camisas nazistas e tampouco o mesmo dos jovens anarco-punks do século vinte e um que pregam o anti-fascismo. O punk é uma entidade abstrata que se transfigura de acordo com o tempo e a região. O espírito punk é o que realmente importa é o “do it your self”. Em todas as sua vertentes o principo do faça você mesmo sempre continua lá.
Por hoje é o suficiente, talvez no próximo post me alongue em comentar sobre o punk

Por Cristian Arão

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

"O conceito de propriedade implica na exploração do homem pelo próprio homem, logo todo sistema erguido sobre esse conceito não pode seguir outro rumo senão o da escravidão".

O tema propriedade tem sido discutido na filosofia há muito tempo. Podem-se destacar as idéias do francês Jean Jacques Rousseau, que já apontava a relação entre propriedade e desigualdade. Mas foi no século XIX que essa questão começou a ser discutida de forma mais aprofundada e mais voltada pra prática. Podemos destacar o pensamento de dois filósofos "rivais". Marx e Proudhon. Se de um lado Marx defendia a estatização da propriedade, do outro Proudhon defendia abolição da mesma.

"A propriedade permanecia sempre uma concessão do estado, único proprietário natural do solo, como representante da comunidade nacional. Assim fizeram também os comunistas: para eles o indivíduo foi suposto em princípio, ter do estado todos os seus bens, faculdades, funções, honras, mesmos talentos etc. Não existiu diferença senão na aplicação. Por razão ou por necessidade, o antigo estado encontrava-se mais ou menos tomado; uma multidão de famílias, nobres e burguesas, saíram mais ou menos da divisão primitiva e formaram por assim dizer, pequenas soberanias no seio de uma maior

O objetivo do comunismo foi de fazer retornar no estado todos esses fragmentos de seu domínio (...)

Assim como um exército que tomou os canhões do inimigo, o comunismo não fez outra coisa senão voltar contra o exército de proprietários sua própria artilharia. Sempre o escravo imitou o senhor" (Proudhon, 1988, 140-141, b)

Dessa forma então Proudhon aponta as falhas do comunismo, assim como mais tarde iria ressaltar o romancista inglês George Orwell, sobre os problemas de se criar um sistema novo, mas erguido sobre a mesma pilastra, a propriedade, logo a autoridade


 

Para que seja possível um estudo sobre a propriedade em proudhon, primeiramente faz-se necessário distinguir o conceito de "posse" do conceito de "propriedade". Como alerta do próprio proudhon essa distinção dos conceitos é da mais alta importância para a compreensão da sua filosofia.


 

"Distingue-se na propriedade 1- A propriedade pura e simples, do direito senhorial sobre a coisa ou como se diz propriedade nua; 2- A posse. A posse é um facto. O locatário, rendeiro, o ususrfrutário são possuidores; o senhor que empresta a juros e o herdeiro que só espera a morte de um usurfrutário são proprietários. Assim como ouso servir-me desta comparação: um amante é possuidor um marido é proprietário" (Proudhon, 1988, 36, a)

Proudhon afirma então que a propriedade nada mais é que um roubo. Ao primeiro passo essa afirmação soa como uma contradição, já que em nossas mentes a idéia de propriedade já está de forma tão enraizada. Porém se deixarmos um pouco nossos próprios dogmas de lado e nos abrirmos para uma nova realidade perceberemos claramente a verdadeira face da propriedade

"Se eu tivesse de responder à seguinte questão: o que é escravidão?,e a respondesse numa única palavra: é um assassinato (...) Porque então a esta outra pergunta: o que é propriedade?, não posso eu responder da mesma maneira: é um roubo, sem ter a certeza de não ser entendido, embora esta segunda proposição não seja senão a primeira transformada" (Proudhon, 1988, 20, b)

A propriedade implica justamente na exploração do homem pelo próprio homem, sendo assim nada diferente da escravidão. O proprietário detém os meios de produção e se apropria da força de trabalho dos possessórios não lhes pagando o fruto do seu trabalho, e sim uma mísera parte. É esse excedente que enriquece cada vez mais os petitórios que é chamado por Marx de "mais valia". Então assim a nossa sociedade foi forjada em cima desse solo infértil, esse modo de produção que se sustenta na escravidão.

Não é difícil reparar no Brasil grupos que defendem a reforma agrária. O que seria a reforma agrária senão um retorno às idéias proudhonianas de posse?

"Provo que os que hoje não possuem são proprietários pelo mesmo direito que aqueles que possuem; mas em vez de concluir que a propriedade deva ser repartida por todos, peço que seja abolida" (Proudhon, 1988, 36, a)


 

Mesmo que não se afirmem como tal, até mesmo por deficiência teórica, esses movimentos sociais que lutam por meio de ocupações, são de certa forma proudhonianos, visto que são o espelho de como funciona o problema da propriedade de forma primordial. Porém isso seria na verdade somente a ponta do iceberg de um ciclo vicioso. Os latifundiários, que se apropriam da terra, dos meios de produção, da força de trabalho alheia. Produzem. Entram em um choque porque não conseguem compradores para sua produção, porque a população é em sua maior parte explorada. Dessa forma o sistema entra em crise, e assim continuará em quanto houver propriedade.




Texto : Cristian Arão

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Rene Descartes: O método para bem conduzir a busca de verdades ontológicas através da metafísica.


Escrito Por Cristian Arão.

Para que seja possível a abordagem de um filósofo como Rene Descartes, supõe-se trabalhar com o pensamento geral e roteador dos escritos, sem perder o tema central em foco. Nesse caso tentaremos desenvolver a metafísica cartesiana e o método para conduzir o pensamento em busca de verdades ontológicas. Na obra de Descartes podemos ver um quarteto de idéias principais que regem toda a sinfonia.A preocupação de Descartes é basicamente com a verdade. Se deparando com essa questão ele procura uma forma de evitar o erro e seguir seu caminho, passando o mais longe possível da falsidade. Dessa maneira elabora-se um método.


(quem tiver interesse de saber mais sobre o artigo - http://www.4shared.com/account/file/73956194/773e05f2/completo.html