terça-feira, 12 de maio de 2009

Palavras e Palestra

Na minha estréia - um tanto desembestada - resolvi descaradamente usar a idéia do Eder no post anterior e falar das palavras, mas usando uma situação (real, infelizmente) como exemplo.

***
Fui para a faculdade ontem esperando assistir aula de Mídia e me surpreendi. Tinha palestra. No quadro tinha um aviso em letras garrafais “Haverá palestra no auditório e eu farei chamada.” Eu não posso ter falta em Mídia. Lá vai eu pro minúsculo auditório do meu campus, e logo averigüei que além de ele ser pequeno, ele estava sem ar condicionado. E além de pequeno e sem ar condicionado, ele tava lotado. Mas eu me esforcei para assistir a palestra sobre a “Paz”.
Quando eu sentei e pude prestar atenção ao que o/a palestrante dizia, me senti num teatro... Não sei se achava graça dos absurdos que foram proferidos por ele/a ou ficava zangada. Fiquei chocada.
Na verdade, esse meu primeiro post é só completando o que o Eder disse com relação às palavras. Certas palavras merecem atenção. Principalmente quando proferidas por professores, em meios acadêmicos ou não... Principalmente ou não... As palavras têm força. Elas moldam o ser humano com uma facilidade impressionante. Tem que se tomar cuidado com o que se diz, mas também com o que se ouve.
Naquela palestra o/a palestrante mostrou sua opinião, de forma humorada e um tanto pejorativa. Coisas que ele/a disse, tinham toda a razão (que a mídia usou a infestação da Gripe Suína para encobrir a dengue e as enchentes no nordeste), mas deve-se notar a forma que foi dita (segundo ele/a, a dengue e as enchentes serviram como uma limpeza étnica, já que o pessoal do sul odeia o povo do nordeste). Não sei se ele/a está certa – nem sei se eu estou certa tratando disso num espaço público – mas não é essa a questão. Numa palestra, você deve ter cuidado com o que diz, e ainda mais cuidade de ver como o que você disse pode ser interpretado. Em meio a essas verdades mal formuladas – até bem formuladas, dependendo do ponto de vista – ela falou mal do governo (sem argumentos convencíveis), mal das pessoas que estavam presentes assistindo a dita palestra, e parece que ninguém notou. Muita gente riu muito com as piadas ditas pelo palestrante, e eu fiquei aliviada por ter uma opinião formada sobre as coisas.

Daí segue minha primeira receita (vou escrever um livro com elas): escute o que as pessoas estão lhe dizendo. Escute e selecione o que está ouvindo, mesmo que a fonte seja do seu mestre supremo, o cara mais inteligente do mundo, o homem em que você sempre acredita.
Exercite seu poder de seleção, principalmente tratando-se de televisão.

E até semana que vem, rsrss...

3 comentários:

Eder Cruz disse...

Parabens PAloma, então exatamente isso nos somos feitos dos sentidos e impressões que temos do mundo, toda essa interação é passada por meio de signos, que realmente pode ser interpretada de milhares de maneiras e a maioria das vezes de maneira incorreta, logo cuidado com as palavras :D

gostei da sua reflexão >D

Paloma disse...

Ahhhhhh, obrigada...

Fiquei aliviada em saber que não escrevi bobagem, hehe...

Bjoo!

Paloma disse...

Ahhh, um ps.: averiguei é sem crase, huhuhu!!!

Até mais...