segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Um novo Rumo.

Eu me distrai, e mais uma vez estava perdido, eu via todos se mexendo, suas bocas abriam e fechavam, mas as palavras já não me eram tão indiferente, eu me sentia agoniado, minha perna direita começou a se mover tão rapidamente, eu percebia aquilo mais não conseguia parar, onde eu estou meu olhar passando perifericamente pela sala percebe um rapaz de cabelos bastante escuro parado na porta, uma sombra pairava sobre ele ofuscando lhe o os olhos, sua cabeça voltada para baixo estava tudo tão claro no resto da sala, mas exatamente na porta estava escuro, como se ele tivesse trazido uma nuvem de escuridão sobre ele, minha visão embaçada sobre os outros, era nele tão alva quanto o branco do papel, se não fosse à falta de luz que lhe caia sobre o rosto, eu conseguiria ver ate seus pensamentos, mas eu conseguia ver suas vestes trajavam uma camisa de ceda branca, por cima uma jaqueta de couro bastante surrada, uma calça jeans também surrada, e estava descalço. O sinal tocou, acabou a aula, todos passaram pela porta de uma vez, assim como na porta de um ônibus atrasado, todos se amontoando para tentar sair ou entrar, mas ninguém tocou nele, lá continua parado, eu noto que ninguém mais o ver só eu, não quero de forma alguma ter que passar por ali, fora de cogitação sair pela janela, estou no quarto andar, mesmo que não tivesse faltado às aulas de educação física eu conseguiria pular dessa altura, tudo bem se tem que ser assim, que seja.
Ao caminhar em direção a porta, sinto que minhas pernas tentam me conduzir a um sentido oposto, ou ate mesmo a inércia, mas eu precisava saber também quem era esse ser misterioso que mi tirara tanto a atenção, bem na aula de historia. Começo a perceber que quanto mais perto chego dele, mas fácil fica visualizar seu semblante, o que esta acontecendo porque meu coração esta querendo sai do meu peito mais rápido do que eu por aquela porta, um barulho soou lá fora, a não, ele se moveu, olhou para um lado e para o outro, agora sim consigo ver seu rosto, espere um pouco, eu sem quem é ele.
Logo depois do som, ele disparou em direção ao desconhecido, sumiu rapidamente pela porta, vamos pernas me ajudem eu também quero correr.
A Principio elas não me obedeceram, relutei pareciam paralisadas e independentes do meu cérebro, queria correr mais não conseguia, todos corriam em direção a saída, agora consegui me mover, porem talvez fosse muito tarde, ele não estava mais a vista. Agora por que logo ele estaria aqui, e ainda mais, por que não falou comigo? Algo está acontecendo, e isso realmente mexia com minhas entranhas, corri para fora, talvez ele estivesse por lá, passei pelos armários que estava trancado, o correndo emanava um silencio profundo, o silencio era tão grande que podia ouvir meus batimentos cardíacos, abre a porta dupla da saída, o ferro da maçaneta estava frio, porem não mais frio que meus dedos, que tremia de excitação, ao abri a primeira coisa que vi, foram às folhas do outono cair sobre meus pés, voando sobre o vento gélido do final de tarde.


Conto por Diego Ferreira

Nenhum comentário: